Direção: Gianfranco Parolini (1968, 35mm, 95 min, Itália, 14 anos)
Ganância é um dos sentimentos dominantes do faroeste Spaghetti, mas nenhum exemplar a distila como Sartana. Há um tesouro, alguns habitantes ricos de uma cidade conspirando para ficar com ele, e dois pistoleiros distintos – Sartana (Gianni Larko) e Lasky (William Berger) – manipulando a todos para chegar à fortuna. Sartana é nosso herói designado, mas ele é ambíguo mesmo dentro do universo de anti-heróis do faroeste italiano. Lasky é um tanto mais cruel e tem lacaios no lugar de aliados, portanto cabe-lhe a figura do vilão. A ação de Sartana é caótica, e seu único centro é a ganância que domina o sentimento das personagens. A deliciosa abertura nos dá a deixa do filme, com o espectador lançado no meio da ação: vários grupos eliminam sucessivamente uns aos outros, sem que saibamos ao certo quem é quem; até que Sartana tem a sua introdução e frustra os planos de um desesperado Lasky, que assiste a tudo à distancia. Gianfranco Parolini emprega considerável atitude aos seus personagens e envolve o filme num cinismo ainda maior que o habitual. Sartana é o pistoleiro mitológico que parece vir de um outro mundo – de forma ainda mais decisiva que o Homem sem Nome ou Django – mas sua primeira aventura pertence mesmo a Lasky, já que o ator alemão William Berger rouba o filme todo com seu retrato do criminoso.
por Filipe Furtado
Título Original: Se incontri Sartana prega per la tua morte
Ano de Lançamento: 1968
País de Produção: Itália/França/Alemanha
Cor: Cor (Telecolor)
Duração: 95 min.
Direção: Gianfranco Parolini
Elenco: Gianni Garko, Klaus Kinski, Fernando Sancho
FILME DE BOA QUALIDADE DE IMAGEM E SOM.
COLORIDO.
DUBLADO.
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