sábado, 31 de dezembro de 2011
MEU NOME É TONHO - Western Nacional
Sinopse e comentário:
Na abertura de Meu Nome é Tonho, os créditos aos atores surgem sobre rápidos planos de seus rostos, que, sucedendo-se ao som de uma viola sertaneja, formam uma espécie de videoclipe onde podemos identificar diversos sujeitos que, em algum momento de suas carreiras, acabaram passando pelas lentes de José Mojica Marins: Eddio Smanio, Walter Portela, Mário Lima, Nivaldo Lima e Esmeralda Ruchel, além, é claro, de Toni Cardi.
Não se trata de uma coincidência: a obra em questão compartilha uma série de afinidades com o cinema de Mojica, que vão muito além da escalação de um elenco específico. De certo modo, não seria nenhum pouco equivocado afirmar que a relação mantida por Meu Nome é Tonho com os faroestes é a mesma que À Meia-Noite Levarei sua Alma estabelece com o terror. Em ambos os casos, deparamos-nos com um primitivismo exacerbado, que atinge a rudeza sem, no entanto, dissolver o apuro estético em momento algum.
Com efeito, o segundo longa de Candeias é um dos filmes mais violentos da década de 60. Sua narrativa é uma colagem de atos brutais, e na banda sonora escutamos mais disparos que diálogos – por sinal, os personagens estão sempre grunhindo, gargalhando cinicamente ou gritando, mas quase nunca falando. Uma velha senhora é espancada, mulheres levam bala pelas costas, bandidos cogitam estuprar as freiras de um convento, uma carruagem leva uma pilha de cadáveres: em Meu Nome é Tonho, a barbárie é o único sentimento a ser explicitado.
Sobre o resto, pairam as penumbras – esta é uma obra marcada pela indefinição. Um letreiro nos diz que as filmagens ocorreram em Vargem Grande do Sul; os acontecimentos capturados pela câmera, contudo, parecem ter se desenrolado num elo perdido entre o velho oeste norte-americano e o interior paulista. Não sabemos de onde vieram os malfeitores que aterrorizam a população, tampouco as motivações do justiceiro que, também vindo de algum lugar desconhecido, surge no final da fita; e, embora Candeias quebre a quarta parede ao inserir uma claquete entre os créditos iniciais e a primeira cena propriamente dita, seus personagens estão mais preocupados em levar adiante a própria vida do que em prestar contas ao espectador. Justamente por isso, Meu Nome é Tonho se torna um filme árido e exasperante, mas profundamente arrebatador.
Por Daniel Salomão Roque Meu Nome é TonhoDireção: Ozualdo Candeias
Brasil, 1969.
OBS: FILME DE QUALIDADE RAZOÁVEL. PRETO & BRANCO.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
O TESOURO DE SIERRA MADRE
Sinopse:
O Tesouro de Sierra Madre
(Treasure of the Sierra Madre, The, 1948)
• Direção: John Huston
• Roteiro: B. Traven (romance), John Huston (roteiro)
• Gênero: Aventura/Drama/Faroeste
• Origem: Estados Unidos
• Duração: 126 minutos
• Tipo: Longa-metragem
COMENTÁRIO ESPECIAL:
Apesar de não possuir o tipo físico altivo e o rosto perfeito das estrelas masculinas típicas da Hollywood dos anos dourados (pense no maior de todos, Clark Gable), o ator Humphrey Bogart já era o nome mais importante da indústria cinematográfica em 1948. Graças ao sucesso de “Casablanca”, ele desfrutava do status de astro e galã, algo que de certa forma o deixava deprimido. Bogart não se achava bonito, estava ficando careca e queria que os críticos se rendessem ao talento que acreditava ter. Por isso, punha muita esperança no convite do diretor John Huston para protagonizar “O Tesouro de Sierra Madre” (The Treasure of Sierra Madre, EUA, 1948).
O brilhante estudo da cobiça estava sendo acalentado por Huston desde meados da década de 1930, quando o livro original de mesmo título fora publicado. Na verdade, Huston queria tê-lo filmado logo após terminar “O Falcão Maltês” (1941), o primeiro grande filme que fez com Bogart, mas teve que ir para a Europa servindo ao Exército dos EUA nos anos seguintes. O ator, de qualquer forma, comprometeu-se com o trabalho desde o começo dos planos de Huston. O contrato que Bogart tinha com a Warner até mencionava o filme; o ator tinha prerrogativa de vetar diretores e atores dos filmes que fazia, e usou esse poder para exigir que a Warner colocasse Huston no comando de “O Tesouro de Sierra Madre”.
É fácil compreender porque Bogart fez isso. “O Tesouro de Sierra Madre” é um filme de John Huston por excelência. Desde o longa-metragem de estréia (o já citado “O Falcão Maltês”), o tema favorito do cineasta sempre foi a ganância. O material de “O Tesouro de Sierra Madre” lhe permitia abordar o tema de forma direta, sem falseios ou subterfúgios, ao contar uma história sobre como o dinheiro carrega junto de si a desconfiança, e corrói a alma do mais simples dos mortais. Ousado, provocador, o longa-metragem atingiu os objetivos de todos os envolvidos: consolidou a carreira de Huston (ele ganhou dois Oscar, pelo roteiro e pela direção) e transformou Bogart no ator respeitado que desejava ser.
A história é simples, conduzida de forma sutil e firme. Quando o filme começa, Fred C. Dobbs (Bogart) é um mendigo norte-americano que implora por um prato de comida a qualquer compatriota que vê. Ele vive numa cidade mexicana, em 1925. Num albergue para vagabundos, conhece Howard (Walter Huston, pai do diretor, ganhou o Oscar de ator coadjuvante pela esplêndida atuação), um garimpeiro. Howard dá a idéia e ele, junto com o amigo Bob Curtin (Tim Holt, um dos maiores astros de western de todos os tempos), aceita. O trio parte para as montanhas mexicanas, em busca de um veio de ouro que possam explorar para enriquecer. São três vagabundos esperançosos que compartilham um senso agudo de camaradagem.
A jornada é dura, mas aparentemente recompensadora. Durante os dez meses seguintes, contudo, a câmera de John Houston vai se encarregar de mostrar menos o esforço do trio em busca de ouro, e mais a forma como o dinheiro segue modificando, lenta mas firmemente, as personalidades dos três homens – especialmente de Dobbs. Mostrado inicialmente como um sujeito afável e bem-humorado, o mendigo se transforma aos poucos num indivíduo amargo, que sofre de insônia (ele não consegue tirar a cabeça de que alguém vai roubá-lo durante o sono) e não confia em ninguém. Aos poucos ele vai enlouquecendo, e a câmera implacável de Huston (é impressionante como a fotografia consegue captar a dureza e o calor da região, mesmo em preto-e-branco) registra cada passo rumo ao abismo da loucura.
John Huston constrói a personalidade dos personagens através de seqüências curtas, aparentemente deslocadas da linha narrativa principal. Pegue, por exemplo, a cena em que o espectador é apresentado a Fred C. Dobbs. O homem acabou de conseguir um dólar com outro norte-americano (ponta do diretor, no papel do sujeito que dá esmolas a ele três vezes no mesmo dia) e está numa lanchonete. Um moleque o aborda e pede para que compre um bilhete de loteria. Dobbs o repele e, diante da insistência no garoto, joga um copo d´água no rosto dele. A partir daí, por mais que Dobbs se mostre um sujeito afável e amigável, sabemos que por trás dessa máscara há um homem impulsivo e amargo. O gesto é uma pequena amostra daquilo que ele vai se tornar, ao final do filme. Um final, aliás, de ironia inesquecível.
Por: Rodrigo Carreiro
CÓPIA DO ORIGINAL DE EXCELENTE QUALIDADE DE IMAGEM E SOM. PRETO & BRANCO. LEGENDADO.
O PODEROSO GARANHÃO - Western Nacional
Sinopse:
Após longa ausência, Heitor (Waldik Soriano) retorna à cidade natal, quando toma conhecimento do assassinato do pai pelos capangas de Jonas, empregado do coronel Bento (José Velonni). Heitor, apesar de boêmio, vê-se na obrigação de assumir a direção das fazendas do pai. Ao reencontrar Maria (Maria Viana), filha do coronel e sua ex-namorada, descobre o amor. Identificando os matadores do pai, elimina-os depois de entrechoques violentos. Tudo resolvido, Heitor e Maria casam-se, unindo assim as terras até então em disputa.
Título: O Poderoso Garanhão
Gênero: Western
Lançamento: 1973
Duração: 92min
Direção: Antonio B. Thomé
Fotografia: Raffaele Rossi
Edição: Sylvio Renoldi
Elenco: Waldik Soriano, Maria Viana, Heitor Gaiotti, Adelia Coelho, Nivaldo Lima, José Velloni, Nestor Lima, Rose da Silva, Aparecida de Oliveira, Armando Paschoalim, Ronaldo Medeiros, Mario Lucio, Cavagnoli Netto
OBS: Capa do filme meramente ilustrativa.
BOA QUALIDADE DE IMAGEM E SOM. COLORIDO.
MEU NOME É LAMPIÃO - Western Nacional
SINOPSE:
O filme tem como enredo os assaltos do bando de lampião, cuja ira aumenta quando ao tentarse apoderar de uma fazenda, seu irmão Ezequiel é ferido, Lampião jura vingança e acaba pôr concretizar a promessa em meio à uma cerimônia de casamento da filha da baronesa, dona da fazenda.Lampião e seu bando matam a velha queimando-a viva e curram a noiva. O noivo promete vingança e, num tom de misticismo um pai de santo que assistiu ao massacre jura que Ogum ira derrotar lampião. Aurélio se vê envolvido em cenas de sangue frio, crueldade e sensualidade.
Título original: Meu Nome é Lampião
Gênero: Aventura
Duração: 79 min.
Lançamento (Brasil): 1969
Direção: Mozael Silveira
Elenco:
Milton Ribeiro (Lampião)
Milton Rodrigues (Toninho)
Rejane Medeiros (Maria Bonita)
Aurélio Tomassini (Corisco)
Dinorah Brillanti (Baronesa)
Dilma Lóes
FILME DE MUITO BOA QUALIDADE DE IMAGEM E SOM. COLORIDO.
GARY COOPER - COLEÇÃO DE FILMES
Gary Cooper, um dos maiores astros americanos da história do cinema, nasceu em Helena em 7 de maio de 1901 e morreu em Los Angeles em 13 de maio de 1961 e foi duas vezes vencedor do prêmio Oscar de melhor ator. Sua carreira durou desde a década de 1920 até o ano de sua morte, tendo atuado em mais de cem filmes. Ele era reconhecido por seu forte estilo de atuação, e pelos vários papéis que teve em filmes do gênero Western.
Cooper desde criança ajudava seu pai a cuidar do rancho da família. Na infância também passou uma temporada na Inglaterra junto com a sua mãe e seu irmão. De volta aos EUA continuou a ajudar o pai no rancho. Até que entrou para a faculdade, onde teve o primeiro contato com a arte da atuação. Em 1925 começou a participar como extra em produções hollywoodianas, até que em 1926 conseguiu seu primeiro papel de (coadjuvante/secundário), começando assim sua brilhante carreira no mundo do cinema.
Cooper foi casado apenas uma vez de 1933 até a sua morte em 1961, com Sandra Shaw com quem teve uma filha.
Em 1960 fez duas cirurgias para retirada de câncer de prostáta e em seguida no cólon. Os médicos acreditavam que ele estava curado, até que em 1961, quando estava filmando na Inglaterra, o ator começou a sentir fortes dores no pescoço e no ombro e após uma consulta descobriu que o câncer havia se espalhado para o pulmão e os ossos. O ator acabou optando por não fazer tratamentos pesados e acabou falecendo no mesmo ano, aos 60 anos de idade. Encontra-se sepultado em Sacred Hearts of Jesus & Mary R.C. Cemetery, Condado de Suffolk, Nova Iorque nos Estados Unidos.
COLEÇÃO DE FILMES DE GARY COOPER. 48 FILMES
-(possuo masi alguns, mas no momento, estou sem tempo de criar as capas).
PREÇO DESTA COLEÇÃO: 400,00
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