CAVALEIRO ROMÂNTICO ENTRE A LOIRA E A MORENA
JOE É MUITO VIVO
TALHADO PARA CAMPEÃO
HISTÓRIA, BIOGRAFIA, COMENTÁRIOS:Elvis Aaron Presley nasceu sob circunstâncias muito pobres, em uma humilde casa na cidade de East Tupelo (East Tupelo seria agregada mais tarde à cidade de Tupelo, formando assim uma única cidade), Estado do Mississippi, no dia 8 de Janeiro de 1935 às 04h35h.
Elvis foi o sobrevivente de um difícil parto de gêmeos, aonde seu irmão idêntico Jesse Garon foi natimorto. Depois deste traumático parto, Gladys não pôde mais engravidar e ter filhos. Elvis viria a ser então o único filho do casal Gladys e Vernon.
Desde cedo, a mãe incutiu na cabeça do filho que quando um de dois gêmeos morre, o que sobrevive herda toda a força do que se foi. No respeito à crença da mãe, Elvis adotou a personalidade dos dois. Por outro lado, Elvis sempre acreditou que poderia se comunicar com seu irmão Jesse – e assim pensava fazê-lo (ou realmente o fez!) durante várias ocasiões até seus últimos dias de vida. Não raro, quando criança, Elvis ia até o pequeno túmulo de Jesse Garon em um cemitério de Tupelo e ficava ali sentado por horas “conversando” com seu irmão. Às vezes Elvis ia até um lago vizinho ao cemitério e conversava com seu reflexo, como se fosse com o próprio irmão.
Na verdade, Elvis foi uma criança muito solitária.
Na pequena cidade do interior dos EUA, ele aprendeu com a mãe e o pai a ser respeitoso sob todos os aspectos, independentemente da idade, origem étnica, sexual e/ou sócio-econômico-financeiros envolvidos.
Além da derrocada financeira de 1929 com a quebra da Bolsa de NY, que assolou o país - em seus primeiros anos de vida, Elvis cresceu em meio aos destroços de um furacão que devastou sua cidade no dia 5 de abril de 1936.
Esse triste fato ocasionou uma união entre brancos e negros, que deixaram de lado por algum tempo o conflito racial, tudo em prol da reconstrução da cidade. Vale lembrar que o Estado do Mississipi na época era o centro do racismo americano.
Em parte de sua primeira infância, Elvis esteve privado da figura de seu pai, preso em 1937, juntamente com o irmão de Gladys, por estelionato.
Somando-se a isso, a família foi despejada de sua moradia. Gladys e Elvis tiveram que se mudar e foram morar com os pais de Vernon por algum tempo. Vernon seria libertado no ano de 1941.
O vínculo entre filho e mãe a esta altura era algo muito forte e que fazia com que Elvis e Gladys fossem muito apegados um ao outro. Elvis tinha um amor incondicional por sua mãe. A morte precoce de sua mãe em 1958 o afetaria pelo resto de seus dias.
Desde seus primeiros anos de vida, Gladys e Vernon levavam o pequeno Elvis a freqüentar a Igreja da Assembléia de Deus – o que influenciou muito em sua formação pessoal e musical também.
Em 1945, aos 10 anos de idade, Elvis participou de um concurso de novos talentos na "Feira Mississippi-Alabama" que acontecia em Tupelo - e conquistou o segundo lugar, ganhando 5 dólares, mais ingressos para todas as diversões. Elvis, na ocasião, cantou “Old Shep”, canção que retrata o desespero de um menino pela perda de seu cão.
Em seu aniversário em Janeiro de 1946, Elvis desejava muito ganhar uma bicicleta, mas seus pais infelizmente não tinham recursos para comprá-la. Sua mãe então o convenceu a ganhar um violão ao invés da bicicleta – e este violão passou a ser sua companhia constante, inclusive na escola.
Elvis e a família se mudaram para Memphis, no Estado do Tennessee no dia 12 de setembro de 1948 em busca de uma vida mais promissora dentro de suas poucas condições. Ainda assim, a Família Presley morou por um bom tempo em condições precárias.
No período de 1948 até 1954, Elvis trabalhou em várias atividades – entre elas, lanterninha de cinema e motorista de caminhão – para ajudar no sustento da pequena família. Seus pais estavam sempre em constante atividade de trabalho, mas os recursos eram realmente escassos.
Apesar de tantas adversidades, todo o zelo e dedicação de sua mãe foram recompensados: Elvis concluiu seus estudos em 1953 pela Humes High School em Memphis.
Nas horas vagas, Elvis cantava e tocava seu violão e, eventualmente, arriscava alguns acordes ao piano. Elvis comprava suas roupas em lojas na Beale Street e já nestes anos, era conhecido como um jovem “diferente” dos de sua época, pelo estilo único que ele adotara: roupas excêntricas (como as dos negros) e cabelos mais longos para os padrões da época e costeletas.
Suas influências musicais foram tão mistas quanto era o seu talento: Elvis era muito ligado ao “pop’ da época (particularmente Dean Martin); à música country; à música gospel ouvida na igreja; ao R&B capturado na histórica "Beale Street" em Memphis - além de seu grande apreço pela música erudita - particularmente a ópera. Um de seus maiores ídolos era o tenor Mario Lanza e, naturalmente, cantores gospel como J.D. Sumner, seu preferido. Por coincidência anos mais tarde, JD Sumner e seu quarteto “The Stamps Quartet” viria a trabalhar com Elvis – e J.D. tornar-se-ia um de seus maiores amigos e confidentes, por quem Elvis teria um carinho e respeito como se J.D. fosse seu segundo pai.
Em 18 de Julho de 1953, Elvis pagou US$4,00 para gravar de presente para sua mãe, um acetato com duas canções: "My Happiness" e "That’s When Your Heartaches Begin" na "Memphis Recording Service", mais conhecida anos depois como “Sun Records”.
Posteriormente em 4 de Janeiro, 5 de Junho e 26 de Junho de 1954, Elvis grava algumas outras canções de forma experimental.
Entretanto, em Julho de 1954, Elvis entra em estúdio e grava outras canções iniciando assim sua carreira profissional.
No dia 5 de Julho de 1954 - considerado o "marco zero" do rock - Elvis ensaiava algumas músicas, até que, em um momento de descontração, de forma improvisada, começou a cantar "That's All Right, Mama", provocando em Sam Phillips (dono da Sun Records) um grande entusiasmo.
Novo "take" foi realizado e nova canção, no gênero, foi concebida: dessa vez, "Blue Moon of Kentucky", com grande aprovação. Ambas integrariam seu primeiro disco, um "compacto simples" (single).
Participaram das sessões, além de Elvis e Sam, o guitarrista Scotty Moore e o baixista Bill Black.
No dia 7 de Julho as duas canções são executadas pela primeira vez em uma rádio de Memphis e o resultado foi um retumbante e absoluto sucesso.
Devido a toda essa repercussão, Elvis é convidado a dar uma entrevista, sua primeira como cantor profissional.
A canção "Blue Moon Of Kentucky" chega ao primeiro lugar na parada country da Billboard na cidade de Memphis e "That's All Right" atinge o quarto lugar da mesma parada.
Em 17 de Julho ele realiza o seu primeiro espetáculo na cidade de Memphis.
Em 8 de Outubro, Elvis faz sua primeira apresentação fora do estado do Tennessee – em Atlanta, na Geórgia.
No dia 16 do mesmo mês Elvis tem provavelmente o seu primeiro grande momento na carreira: ele realiza na cidade de Shreveport no estado da Louisiana um espetáculo que era transmitido pela rádio local de enorme sucesso na época chamado "Louisiana Hayride", onde ele foi recebido de forma bastante entusiasmada pela platéia. O ano de 1955 pode ser avaliado como a gênese do sucesso nacional de Elvis.
Juntamente com o sucesso, vieram inúmeras polêmicas em torno de suas apresentações.
Por outro lado, suas performances em programas de rádio e algumas apresentações em programas locais de televisão obtém audiência e destaques marcantes.
Suas canções começam a fazer sucesso nacionalmente:
- "Mystery Train" chega ao 11º lugar na parada nacional country da Billboard;
- "Baby, Let's Play House" atinge o 5º posto na mesma parada, até culminar com a primeira canção "número 1" nos charts nacionais: "I Forgot To Remember To Forget".
Neste mesmo ano ele conheceria aquele que viria a ser seu empresário por toda a vida, o “Coronel” Tom Parker.
Apesar de inúmeros rumores (dos quais Elvis tinha ciência), apenas nos anos 80 revelou-se publicamente, seu verdadeiro nome e nacionalidade: Andreas Cornelius van Kuijk, oriundo da Holanda e nascido em 1909.
A biografia de Parker é muito polêmica, controvertida e ambivalente, assim como sua atuação empresarial.
Em Novembro de 1955, após expressiva repercussão, o contrato de Elvis com a Sun Records (e todo o acervo produzido até aquela data) foi vendido para a gravadora RCA Victor por US$40.000.
Em 1956, Elvis tornou-se um fenômeno internacional sem limites de território, raça ou credo. Seu estilo e sons que sintetizavam suas diversas influências, “ameaçavam” a sociedade conservadora e repressiva bem como desafiavam os preconceitos existentes naquela época.
Elvis literalmente fundou uma nova era e estética em música e cultura populares, consideradas, hoje, "cults" e primordiais, mundialmente.
Suas canções e álbuns transformaram-se em enormes sucessos e alavancaram vendas recordes em todo o mundo.
Elvis tornou-se o primeiro "megastar" da música popular, inclusive em termos de marketing.
Muitos estudiosos da música defendem a tese de que a “revolução” chamada “Rock’n Roll” (da qual Elvis foi símbolo maior), teria sido a última grande revolução cultural do século XX – uma vez que, as bandas, cantores e compositores que surgiram nas décadas seguintes, foram influenciados de alguma maneira, direta ou indiretamente por Elvis Presley.
O preço do pioneirismo transformador, entretanto, é altíssimo. Elvis foi implacavelmente perseguido pelos múltiplos segmentos reacionários norte-americanos e por todas as etnias.
Os brancos (preconceituosos burgueses representantes da classe dominante) achavam-no vulgar, enquanto representante de uma estética popular, cuja interface negra - o rock, "filho" também do R&B - era uma música de negros e para negros e, por isso, considerada "menor" por aquele grupo dominante.
Já os negros, achavam que por ser uma música de origem negra, nenhum branco teria direito de “representá-la e divulgá-la”, pois consideravam injusto que fosse concedido a um branco, o mérito que sempre lhes fora negado!
Elvis, em verdade, foi perseguido e tornou-se vítima de muitos preconceitos por ir de encontro a um sistema estabelecido e também por ter origens humildes, um "caipira sulista", fato pelo qual ele sempre foi discriminado.
Mas Elvis superou as adversidades e tornou-se o "Rei do Rock" - lembram os estudiosos de sua obra – embora segundo os mesmos, este tenha sido o gênero que (curiosamente) Elvis menos interpretou quantitativamente.
Suas apresentações televisivas quebraram todos os recordes de audiência, além das inevitáveis polêmicas geradas por suas performances sensuais e explosivas.
Um fato bastante propalado e que evidencia esse momento são as famosas censuras em torno de suas apresentações na TV, fato comprovado por aquelas aonde ele foi filmado da cintura para cima: em 1956 no programa "The Steve Allen Show" e outra em 1957 no programa "The Ed Sullivan Show". Em 13 de Março de 1956, a RCA lançou “Elvis Presley” - o primeiro álbum de Elvis.
Em pouquíssimo tempo este álbum alcançou a primeira posição nos charts da Billboard e assim permaneceu por 10 semanas consecutivas. Com este álbum Elvis atingiu a marca de vendagens superior à US$1.000.000 gerando assim seu primeiro “Disco de Ouro”.
Em 1º de Abril de 1956 Elvis grava uma performance em cores, da canção "Blue Suede Shoes", cena esta que fazia parte de um teste feito pela 20th Century Fox para o filme "Love Me Tender". Estas cenas não foram divulgadas na época e permaneceram nos arquivos da "Fox" até finais da década de 80. Essa talvez tenha sido sua primeira performance em cores (afinal, naquela época a transmissão em cores estava em seu início). No dia 06 deste mesmo mês, Elvis assina contrato de 7 anos com o produtor Hal Wallis e a Paramount Studios/20th Century Fox.
Os filmes "Love Me Tender", "Loving You", "Jailhouse Rock" e "King Creole" foram grande sucesso de público e, principalmente, os dois últimos, também tiveram seus méritos reconhecidos pela crítica especializada.
No mês de Outubro de 1956, Elvis realiza um espetáculo na cidade de Dallas no estádio "Cotton Bowl" para um público estimado de 27 mil pessoas, algo incomum para um artista solo naquela época.
Em Janeiro de 1957, em sua última apresentação no programa de Ed Sullivan, Elvis provocou uma enorme celeuma, quando - contra a vontade do apresentador - cantou a música gospel preferida de sua mãe, "Peace In The Valley". A repercussão, no entanto, foi imediata e positiva, levando-o à gravação de seu primeiro disco gospel, um EP (compacto duplo com quatro músicas).
Em Março de 1957, Elvis realiza um de seus grandes sonhos: comprou a mansão Graceland, em Memphis TN – aonde viveria até o final de sua vida. Muito embora tenha passado temporadas de sua carreira fora de Memphis por várias vezes, uma vez que possuía propriedades na Califórnia, para Elvis o único lugar que significava “casa” era Graceland – sua eterna morada.
Em Abril de 1957, Elvis se apresentou no Canadá - seus únicos shows fora dos EUA - em um total de cinco espetáculos que abalaram o país vizinho.
No final de 1957, um show realizado no Pan Pacific de Los Angeles foi considerado um dos maiores momentos da carreira de Elvis, devido a sua sensual e arrebatadora apresentação, que foi considerada escandalosa e provocativa pelos puritanos da época.
Em 24 de Março de 1958, Elvis foi para o exército, uma convocação real, facilmente descartável, porém aproveitada comercialmente por seu empresário para expandir sua faixa de público. Transferido, permaneceu na Alemanha de Outubro de 1958 até Março de 1960.
Em 14 de Agosto de 1958, o falecimento precoce de sua mãe aos 46 anos de idade, viria a ser considerado o marco mais dramático de sua vida. Elvis jamais voltaria a ser o mesmo no quesito pessoal. Ironicamente, nesse momento, Elvis é o maior ídolo mundial de todos os tempos.
Em Novembro de 1959, Elvis conhece Priscilla Beaulieu filha do Capitão Joseph Beaulieu, que havia sido transferido para a base de Weisbaden na Alemanha. Os dois se conheceram através de um amigo em comum de ambos. Priscilla na época tinha 14 anos e meio e Elvis quase 25 anos. Foi amor à primeira vista: Elvis viu-se completamente apaixonado por uma menina cuja maturidade lhe surpreendera. Para Elvis, Priscilla possuía tudo que idealizara em uma mulher. Priscilla por sua vez soube cativar e dar a alegria de volta a Elvis - que ainda se encontrava inconformado com a partida da mãe Gladys. Com Priscilla, Elvis manteve um intenso relacionamento até Março de 1960, quando então Elvis daria baixa em seu serviço ao Exército americano, retornando aos EUA. Mas o relacionamento dos dois não terminaria aí – os contatos telefônicos, cartas e as duas visitas de Priscilla aos EUA precederam à sua definitiva mudança para Graceland em 1962.
Em 1º de Março de 1960, Elvis partiu da Alemanha rumo aos EUA e no dia 8 concedeu uma conferência de imprensa no escritório do pai Vernon, em Graceland.
Ainda em Março, Elvis “surpreendeu” o mundo ao aceitar o convite para participar do programa de Frank Sinatra, "The Frank Sinatra Show - The Timex Special". Na verdade, Elvis e Frank nunca haviam tido contato algum nem tão pouco pontos em comum. Frank também nunca havia sido um “entusiasta” ou incentivador da carreira de Elvis. Mesmo assim, Elvis aceitou o convite de Frank Sinatra, realizando uma de suas melhores performances na TV. Esta edição do programa ficou conhecida como “Frank Sinatra’s Welcome Home, Elvis”. Este show selou, a partir de então, uma relação de cordialidade com seu anfitrião, sua filha Nancy Sinatra e com Sammy Davis, Jr. que perduraria ao longo de sua vida.
O programa bateu todos os recordes de audiência do ano, inserindo Elvis em uma nova faixa de público.
Em Julho de 1960, o viúvo Vernon se casa com Dee Stanley, que conhecera na Alemanha enquanto a mesma também estava lá acompanhando o marido militar a serviço, juntamente com seus três pequenos filhos: David, Billy e Rick.
Dee se separa do marido, inicia um romance com Vernon e após o retorno dos Presleys para os EUA, Vernon decide trazer Dee e os filhos para morar em Graceland por algum tempo até se mudarem para a própria residência deles, nos arredores de Graceland. Todo este episódio foi motivo para um grande entrevero entre pai e filho, já que Elvis considerava ainda recente o falecimento da mãe e uma falta de respeito por parte do pai, que se casasse novamente em tão pouco tempo assim. Elvis preservava Graceland como sendo a maior memória que tinha de seus últimos tempos com sua mãe, já que a mansão havia sido decorada por ela. Era difícil para Elvis aceitar outra mulher lá dentro tentando “preencher” o espaço que sua mãe deixara. Apesar de ter recebido os filhos de Dee muito bem e sem reservas de nenhum tipo (mais tarde todos os três viriam a trabalhar em sua equipe de segurança), Elvis não tinha bons sentimentos em relação às intenções verdadeiras de Dee com relação ao seu pai. E o tempo viria a mostrar que Elvis não estava errado.
No cinema, Elvis contou com a sensível direção do veterano Don Siegel no filme “Flaming Star”, seu 6º filme. Um novo reconhecimento da crítica aclamado como um de seus mais bem sucedidos filmes em qualidade, ainda que tenha, curiosamente, desapontado seu público, exigente de películas mais musicais e menos dramáticas. Ainda em 1960, Elvis novamente surpreende e lança um álbum gospel - contrariando o seu empresário e os proprietários da gravadora - que não viam com bons olhos um trabalho nesse gênero musical. Entretanto, seguindo seu instinto e de certa forma querendo homenagear sua mãe, ele participa de toda a parte de produção e no final do ano o álbum é lançado tornando-se um grande sucesso de público e crítica.
Em 1961, Elvis realizou shows em Memphis e no Hawaii com grande sucesso de crítica e público. No mesmo ano, Elvis foi homenageado com o "Dia Elvis Presley", tanto na cidade de Memphis como no estado do Tennessee. Elvis provava que sua ida ao Exército e o fim da década de 50 não abalara seu sucesso e que alguns de seus álbuns na década de 60 tornariam-se clássicos, sendo avaliados como alguns dos melhores de sua carreira.
No período de 1960 até 1965, os seus filmes são um grande sucesso de público no mundo inteiro. Alguns críticos mais generosos, ainda que implacáveis acerca da qualidade duvidosa das películas, clamavam por melhores oportunidades e personagens para Elvis Presley. Ainda assim, sua versatilidade esteve presente e atuou em vários gêneros, sendo elogiado por algumas de suas performances, mesmo os roteiros não sendo avaliados como satisfatórios. Elvis conseguia fazer a sua parte com méritos, mesmo não possuindo material de qualidade - entre os gêneros apresentados em seus filmes podem ser destacados, "musical", "faroeste", "drama" e "comédia".
Os maiores e melhores destaques nesse período foram, Flaming Star (1960), Wild In The Country (1961), Follow That Dream (1962), Kid Galahad (1962), Fun in Acapulco (1963), Viva Las Vegas (1964), Roustabout (1964).
Paralelo a isso, a vida pessoal de Elvis começa a sofrer algumas mudanças: não bastasse o súbito casamento de seu pai em 1960 e a chegada dos três pequenos enteados na família, em 1962, Elvis - com a ajuda do pai Vernon - convence o Capitão Beaulieu a deixar Priscilla, então com 17 anos, a viver em Memphis, sob a custódia de Vernon e Dee, prometendo então cuidarem de Priscilla e da conclusão de seus estudos. Embora tenha concluído os estudos como prometido, Priscilla jamais ficou sob a guarda de Vernon e Dee, como seu pai acordara com Vernon. Desde o início, Priscilla foi morar em Graceland com Elvis e precisou se adaptar aos seus hábitos noturnos – que preferia dormir durante o dia e ficar acordado ao longo da noite por se sentir melhor assim.
Durante as filmagens de "Viva Las Vegas", em 1963, os protagonistas, Elvis e Ann-Margret, sueca de beleza estonteante, apaixonaram-se intensamente, o que certamente contribuiu para os ótimos resultados do produto final. E muita especulação na mídia... Uma furiosa Priscilla soube dos rumores de que Elvis chegara a pensar em terminar tudo com ela para ficar com Ann-Margret. Teria sido um grande escândalo para a vida e carreira de Elvis porque a existência de Priscilla “escondida” em Graceland teria vindo à tona certamente. Dizem que de algum jeito, o Coronel teve “participação” para demover Elvis da idéia de ficar com Ann Margret, por motivos óbvios já relatados acima. Como gota d’água, aconteceu o fato de Ann dizer aos jornalistas que se casaria com Elvis muito em breve. Desta feita, Elvis recuou e o romance entre os dois “esfriou”. Priscilla, portanto, “sobreviveu”.
Apesar dos “bastidores quentes”, o filme "Viva Las Vegas" é considerado um de seus melhores momentos no cinema, sendo muito elogiado até os dias atuais.
A partir de 1965, seus filmes perderam muito em termos de qualidade de roteiro, configurando período de grande alienação e tédio pessoal para Elvis.
No dia 27 de agosto de 1965, Elvis e a banda inglesa The Beatles tiveram um encontro na casa de Elvis em Los Angeles, a pedido dos Beatles e promovido pelo Cel.Parker. Testemunhas do encontro dizem que ouve uma breve “jam-session”, contudo, não se tem conhecimento de qualquer produto áudio/visual relevante. Algumas poucas fotos alusivas a este encontro são fotos em que os Beatles aparecem saindo da casa de Elvis.
Em Dezembro de 1966, Elvis finalmente pede Priscilla em casamento. Afinal de contas, ele já estava à beira de seus 32 anos e era hora de ter sua própria família. E Priscilla esperava ansiosamente por isso há muitos anos.
No período de 66/67, Elvis realiza várias sessões caseiras, onde ele interpreta várias canções de vários estilos e épocas distintas, mostrando um talento intuitivo e natural. No entanto, essas gravações só caíram no conhecimento do público, em sua grande maioria, no final da década de 90.
Apesar da fase de pouca qualidade de seus filmes, o ano de 1967 será lembrado pelo lançamento do disco que seria considerado um "divisor de águas" na carreira de Elvis, o gospel “How Great Thou Art”, decorrente de radical mudança em sua produção musical. O álbum surpreendeu o mundo e gradativamente, transformou-se em um grande sucesso de crítica e público, sendo posteriormente, agraciado com um honroso Grammy, o Oscar da música.
Com boas produções e peças esmeradas, Elvis Presley dera indícios de sua vitalidade e criatividade, ainda em franca ascensão e plena maturidade musical. Fundou-se, portanto, um tempo de bons arranjos e melhor seleção musical. Ocorreram profundas mudanças em seus próprios tons vocais (tessitura vocal) e, conseqüentemente, em seus registros. Gradativamente, a própria extensão seria privilegiada, com comprometimento da afinação.
Em 1º de Maio deste mesmo ano, Elvis Presley aos 32 anos finalmente casa-se com Priscilla Ann Beaulieu, 21 anos. O matrimônio foi realizado na cidade de Las Vegas no Alladin Hotel e todos os preparativos foram feitos de forma bastante sigilosa e sob a batuta do Coronel Parker.
Nesse período, entre 1967 e 1968, foram lançados alguns compactos muito elogiados, muito criativos e interessantes. Este material veio das sessões de gravação ocorridas ainda em 1966, mais precisamente em Maio e Junho, onde o repertório foi sendo aprimorado qualitativamente, gerando além do álbum "How Great Thou Art", outras canções de grande nível como "Indescribably Blue", "I'll Remember You" e "If Every Day Was Like Christmas".
O mesmo pode ser percebido em 1967 em canções como "Suppose", "Guitar Man", "Big Boss Man", "Singing Tree", "Mine", "You'll Never Walk Alone".
Em 1º de Fevereiro de 1968, exatamente nove meses após o casamento, nasce a única filha de Elvis e Priscilla, a menina Lisa Marie. Firmou-se desde o início um forte vínculo entre pai e filha que permaneceria intacto até a morte de Elvis – vínculo este somente comparável ao que Elvis um dia tivera com sua própria mãe Gladys.
Entre Junho e Julho de 1968, Elvis viveu em função da produção do especial que viria a ser conhecido como “68’ Comeback Special”.
Em Dezembro de 1968, Elvis Presley apresentou-se nacionalmente para a TV norte-americana, trazendo o tão esperado “Elvis NBC TV Special”.
Um mega-programa que, a posteriori, seria considerado o primeiro dentro dos moldes “Acústico” na história da música. Em performance considerada até os dias atuais como excepcional, Presley foi aclamado pelo público e crítica especializada, que dizia ser este “o retorno de um Elvis ousado e reinventado”.
Interessante destacar aqui que o Coronel Tom Parker, “lendário” empresário do artista, vislumbrara um programa tradicional e conservador, já que se aproximava a época de festejos de Natal. No entanto, devido a grande empatia estabelecida entre Presley e o então jovem produtor Steve Binder, realizou-se um espetáculo contundente e marcante.
Neste especial que foi ao ar poucos meses após a morte de Martin Luther King (assassinado em abril na cidade de Memphis) - no auge do racismo - Elvis apareceu ao lado do grupo vocal "The Blossoms", composto por três mulheres negras (Fanita James, Jean King, Darlene Love) no horário nobre, fato que causou uma grande polêmica.
Um trabalho reconhecidamente antológico e pioneiro.
Foram apresentados alguns clássicos dos anos 50, algumas músicas da década de 60 e, ainda outras, inéditas. "Tiger Man", "Baby, What You Want Me To Do", "Up Above My Head", "Nothingville", "If I Can Dream", "Memories" e "Saved", estiveram no roteiro de um programa dividido em sets; entre "jam sessions" eletrizantes e performances clássicas em cenários monumentais e arranjos grandiosos - elaborados pela competente orquestra da NBC.
Elvis Presley atingira maturidade artística.
No ano de 1969, Elvis retornou aos palcos, após oito anos longe do contato direto com o público. O lugar escolhido foi Las Vegas, onde passou a realizar pelo menos duas temporadas anuais, aclamadas pela crítica e público.
Entre 1969 e 1977, Elvis faria em torno de 1.100 shows ao todo. Vegas foi para Elvis, na verdade, sua grande “escola” em termos de performance em palcos.
A partir de 1969, Elvis Presley amadureceria sua performance e se tornaria um cantor experiente e com domínio cênico, além de ser avaliado como fantástico, exuberante e no auge pela crítica da época. O ano de 1969 também seria marcado por sessões de gravação muito produtivas e pela escolha de um repertório e equipe musical de grande qualidade. A resposta foi imediata: "Suspicious Minds", "In the Ghetto" e "Don't Cry Daddy" tornaram-se "big hits" em todo o mundo.
Por razões contratuais, Elvis concluiu seus últimos filmes, que pouco interesse despertou – muito menos a um Elvis “reinventado” em criatividade, vigor e emoção!
O ano de 1970 denotou um grande amadurecimento cênico e vocal de Elvis Presley, em relação ao anterior. Novas temporadas em Las Vegas ocorreram, com mudanças radicais em repertório - mais versátil e atualizado para aqueles dias - shows avaliados como eletrizantes, tanto pela crítica como pelo público - e com roteiros mais elaborados. Muitas dessas apresentações foram gravadas e deram origem a discos como "On Stage".
Apesar do grande sucesso, segmentos da crítica e dos estudiosos do “show-biz” temiam que a rotina de espetáculos em Vegas pudesse tornar Elvis alienado e desmotivado, o que definitivamente não ocorreu. Após 1969 (quando de seu retorno às apresentações ao vivo), Parker e Presley iniciaram uma série de grandes espetáculos históricos e considerados magistrais, mesmo na época de sua realização; e inventaram, gradativamente, uma nova concepção de shows: os "mega-tours".
Entre 27 de Fevereiro e 1º de Março, Presley fez seis shows no Estádio Astrodome, em Houston, Texas, onde quebrou todos os recordes de público, reunindo 43.000 pagantes na quarta apresentação. Os seis shows juntos registraram total de 208.000 pagantes. Um recorde impensável para a época!
No mesmo ano de 1970, Elvis surpreendeu o “show-biz” com a realização do documentário “That's The Way It Is”, filmado nos meses de Julho e Agosto, com cenas de estúdio e ao vivo. O mesmo foi lançado no final do ano de 1970 nos EUA e em 1971, aqui no Brasil.
O documentário foi recebido com sucesso estrondoso, particularmente no Japão, onde quebrou recordes de público, com filas intermináveis. Tornou-se um mega-sucesso, dirigido pelo então jovem e talentoso diretor Dennis Sanders. Elvis agora era um artista maduro e um "entertainer" cativante, para vários tipos de públicos – de crianças, passando por adolescentes, moças, senhoras, homens e mulheres... O karatê, uma de suas paixões desde os anos 50, passou a ocupar ainda mais espaço cênico em suas coreografias.
No final do ano - a fim de atingir mais um de seus objetivos - Elvis consegue ser recebido na Casa Branca pelo então Presidente dos EUA, Richard Nixon, com a firme intenção de se colocar a disposição de seu país para obter um emblema de agente do FBI com poderes para atuar contra o narcotráfico, através de sua música, sua arte e seu grande “appeal” junto a vários tipos distintos de público, especialmente os jovens.
Em Janeiro de 1971, Elvis foi agraciado com uma premiação concedida pela "Câmara Júnior de Comércio Estadunidense”, (“The Jaycees Award”) sendo considerado um dos dez “jovens homens” mais importantes da América em 1970.
Para Elvis, um homem que cresceu na pobreza e em seu início de carreira conheceu o estigma do “ridículo” até atingir os dias áureos de reconhecimento – este foi um de seus momentos de maior orgulho pessoal. Era o verdadeiro sinal de que Elvis havia alcançado aceitação, reconhecimento e respeito pelo seu trabalho e pelo ser humano que ele era.
Em Junho de 1971, uma longa parte da “Highway 51 South”, localização de Graceland, passa a se chamar “Elvis Presley Boulevard”, em homenagem ao seu ilustre morador.
Em Setembro de 1971, o prêmio denominado Grammy Lifetime Achievement Award, uma espécie de "conjunto da obra", foi concedido pelo Grammy ao Rei do Rock.
Apesar de tanta glória, sucesso e reconhecimento, a vida pessoal de Elvis não ia bem. No início de 1972 Priscilla vai embora de Graceland e leva Lisa Marie com ela para viver em Los Angeles. Em Julho de 1972 a separação foi formalizada. Foram anos conturbados de casamento e Priscilla não suportava mais viver a realidade de ter o marido sempre longe de casa e estar rodeada das evidências de traição freqüente por parte de Elvis. O casamento de Elvis e Priscilla chegava ao fim após quatro anos e meio – embora o divórcio só tenha se consumado em Outubro de 1973 – causando a ele um imenso e definitivo impacto emocional e uma progressiva deterioração em sua saúde. Este foi o segundo mais duro golpe na vida de Elvis, após a perda da mãe em 1958.
Voltando à carreira - entre 1970 e 1972, Elvis Presley realizou, com enorme êxito, várias turnês pelos EUA e, motivado pelo grande sucesso de "That's The Way It Is", um novo filme foi idealizado. O foco deste novo documentário seria o de capturar a intimidade e o ritmo frenético do astro e seus fãs nestas empreitadas.
Então, em 1972, concluiu-se o documentário “Elvis on Tour”, de concepção bastante moderna para a época e que foi vencedor do Globo de Ouro daquele ano em sua categoria.
Também em 1972, Elvis apresentou quatro mega-espetáculos em Nova Iorque, no lendário Madison Square Garden. Novos recordes foram quebrados - de público e arrecadação. A imprensa local foi ao delírio com ótimas críticas, como as do "New York Times": "É lindo por que ele faz o que sabe fazer de melhor. Sexta feira à noite, no Madison Square Garden, foi assim. Ele ficou ali parado, no final, seus braços abertos, a grande capa dourada dando-lhe asas. Um campeão. Único em sua liga.", ou então, "Como um príncipe de outro Planeta". Grandes celebridades do "show-business" estiveram presentes aos shows, amplamente noticiados em todo o mundo, inclusive no Brasil. Entre outros, Art Garfunkel, Eric Clapton, John Lennon e David Bowie, mostraram-se encantados.
Mesmo considerando que em 1972 a vida pessoal de Elvis passava por um “turbilhão”, ironicamente Elvis viveu um ano triunfal profissionalmente, retornando, glorificado, ao primeiro lugar das paradas mundiais de sucesso com a canção "Burning Love".
Além disso, foi em 1972 que Elvis recebeu seu segundo prêmio Grammy, também por uma obra gospel, o disco “He Touched Me”.
Em Junho de 1972 conheceu a Miss Tennessee Linda Thompson, romance este que deu um novo ânimo à vida e à carreira de Elvis. Linda e Elvis eram muito parecidos em termos de criação e costumes por serem ambos sulistas – e Linda o compreendia de forma fantástica. Sabia como lidar com os “ups” e “downs” de Elvis e vivia a vida de Elvis em tempo integral agüentando a dura rotina e o ritmo de um megastar do seu quilate. Em poucos meses de relacionamento, Elvis levou Linda para viver com ele em Graceland e os dois ficaram juntos por mais de quatro anos.
Em 1973, apesar de estar passando por problemas pessoais e de saúde - mas no auge como artista - Elvis Presley realiza em 14 de janeiro, o primeiro show via satélite na história do “show-biz”, transmitido ao vivo para muitos países - inclusive o Brasil (pela Rede Tupi) e, posteriormente, para quase todo o planeta. O especial “Aloha from Hawaii”, foi assistido por aproximadamente 1,5 bilhão de telespectadores - número surpreendente para aqueles dias.
Além de ter sido um feito inédito no mundo do entretenimento - como não poderia deixar de ser - este show teve 100% de sua renda com ingressos e “merchandise” revertida em prol da “Kui Lee Cancer Fund” e arrecadou ao todo, US$75.000 para a mesma.
Nos EUA, este evento logicamente foi sucesso estrondoso, contudo só foi ao ar em Abril de 1973, tendo recebido o seguinte comentário no editorial do jornal The New York Times: "Elvis superou sua própria lenda”!
No Brasil, o “Aloha from Hawaii” foi ao ar novamente em Abril de 1974, com grande êxito. O álbum duplo foi imediatamente colocado no mercado, atingindo rapidamente o marco de um milhão de cópias vendidas.
A partir de 1974, apesar do aumento dos problemas pessoais e uma crescente piora em sua saúde, Elvis consegue empolgar em muitos de seus shows. Seus espetáculos foram se transformando e havia prioridade pela qualidade e grandiosidade das canções. Sua voz inegavelmente atingia cada vez mais o seu ápice.
Apesar de tudo isso, o ano de 1974 foi sob o ponto de vista artístico, muito criativo para Elvis Presley e poderia ter se tornado a pedra fundamental para uma nova grande guinada em sua carreira e vida pessoal. Isso aconteceu em parte, especialmente devido a alguns espetáculos em Las Vegas, onde Elvis inovou em seu repertório, bem como em seus trajes que eram bastante distintos em relação aos usados até então. Eram “jumpsuits” cada vez mais elaborados e diferenciados.
Ainda em 1974, após 13 anos ausente dos palcos de Memphis (sua cidade de coração, aonde vivia de fato) Elvis voltou a apresentar-se em 20 de Março, de forma magnífica. O show deste dia foi gravado (é o CD “Elvis Recorded Live On Stage in Memphis”), garantindo-lhe seu terceiro prêmio Grammy por esta performance de "How Great Thou Art", um clássico gospel.
Ainda em Março de 1974, Elvis retornou ao Estádio Astrodome em Houston, Texas para fazer dois shows, batendo novos recordes de pagantes.
Até hoje, ambos os feitos expressivos são referenciados como de grande relevância em sua carreira, por fãs e interessados em sua música e história.
Em Agosto de 1974, de volta a mais uma turnê em Las Vegas, Elvis e Barbra Streisand conversam por várias vezes sobre a proposta de Elvis atuar como ator principal junto a ela no remake do filme “A Star is Born” (“Nasce uma estrela” aqui no Brasil). Elvis fica empolgadíssimo com a idéia de voltar às telas em um filme com bom roteiro. Ele ainda aspirava ser um ator levado a sério pela crítica. Nesta fase de sua vida, Elvis estava começando a ficar cansado das constantes turnês, sua saúde vinha piorando progressivamente, suas performances começavam a ser “sofríveis” e ele definitivamente precisava de um novo desafio para dar uma nova guinada. Infelizmente, o Coronel Parker não concordou com as condições do projeto de Barbra e a proposta então não foi em frente, deixando Elvis mais uma vez muito frustrado. O papel então foi repassado ao cantor country Kris Kristofferson e o filme foi um grande sucesso de crítica e bilheteria.
Elvis andava muito insatisfeito com os rumos dados à sua carreira por seu empresário Tom Parker - repertório, gravadora, Las Vegas, turnês, recusas de bons roteiros cinematográficos etc.
Elvis chegou a demiti-lo, mas posteriormente, voltou atrás. O motivo principal foi o fato de Elvis não ter condições financeiras para arcar com as cláusulas que instituíam multas milionárias, constantes no contrato entre ele e seu empresário, em caso de haver rompimento. Além de vir gastando o que ganhava de forma excessiva – muito em parte por conta de sua grande generosidade e por querer sempre ajudar os outros, Elvis fizera há um ano atrás um acordo milionário quando concluiu o divórcio de Priscilla.
Não que Elvis estivesse “quebrado”, mas não havia como arcar com a milionária indenização que seria devida ao Coronel Parker.
O ano de 1975 foi marcado por turnês intensas e desgastantes para um Elvis que já se encontrava bastante debilitado. Neste ano, ele fez shows em Vegas e em várias outras cidades, mas também passou por duas hospitalizações (em Fevereiro e em Agosto). Uma única sessão de gravação foi realizada neste ano.
No último dia do ano, Elvis Presley quebrou novo recorde de público para um artista solo até então, apresentando-se para 63 mil pessoas em um show de Ano-Novo em Pontiac, Michigan.
Alguns de seus biógrafos afirmam que este foi seu último ano com algum primor artístico; Elvis realiza shows históricos em sua carreira, sendo elogiado por todos, propiciando o seguinte comentário do jornal The New York Times: "Cada vez mais, Presley melhora sua voz atingindo excelentes notas vocais. Ele ainda é o rei nos palcos.", referindo-se aos shows de Uniondale no condado de Nassau no estado de Nova Iorque.
Muitos chegam a afirmar que alguns dos melhores shows de Elvis em toda a carreira foram realizados em 1975. No mesmo período foram lançados dois dos melhores álbuns de Elvis na década de 70, “Elvis Today” e “Promised Land”. Entretanto, pessoalmente, seus percalços aumentavam gradativamente.
Em Fevereiro de 1976, Elvis fez uma semana de sessões de gravação em Graceland – sessões estas que ficariam conhecidas como “The Jungle Room Sessions”. Elvis não tinha mais motivação alguma para ir aos estúdios gravar. Desta forma então, coube à RCA trazer até Graceland todo o equipamento, profissionais e aparato necessário para colher materiais que seriam utilizados em seu próximo disco “From Elvis Presley Boulevard, Memphis, Tennessee” (que chegaria ao topo do chart da Billboard em Maio deste ano) e mais da metade do que viria a ser seu último disco, “Moody Blue”.
Durante 1976, Elvis realizou em torno de 130 shows, num ritmo frenético e turnês cada vez mais estressantes, muitas vezes fazendo um show por dia em cada cidade. Isso só contribuiu para piorar ainda mais a saúde de um já debilitado, desmotivado e desgastado Elvis.
Em 29 e 30 de Outubro, Elvis se reuniu com seus músicos novamente em Graceland para concluir a “The Jungle Room Sessions”, com todo o suporte da RCA.
No início de Novembro de 1976, após quase quatro anos e meio de relacionamento, Elvis e Linda se separam. Há versões de que Elvis pediu para Linda ir embora, depois que ela fez fotos dela em vários cômodos de Graceland – inclusive no quarto de Elvis - com a ajuda de uma amiga ex-Miss Rhode Island, que teria vendido as fotos a uma revista. Elvis teria ficado furioso com a invasão de privacidade e o que considerou uma grande traição por parte de Linda. Já a versão de Linda Thompson é a de que ela já não agüentava mais o ritmo intenso e a falta de regularidade nos hábitos e na vida de Elvis de modo geral; que estava vendo Elvis morrer aos poucos e que se sentia totalmente impotente diante da situação por ver que o vício de Elvis em medicamentos prescritos jamais acabaria. E por isso então, ela preferira partir.
Em meados de Novembro de 1976, Elvis conheceu através de seu amigo George Klein, uma moça de 19 anos chamada Ginger Alden, de belos atributos físicos e dona de títulos de beleza. Coincidentemente Ginger fazia lembrar bastante Priscilla. Esta moça viria a ser a namorada de Elvis até o dia de sua morte.
Em início de Dezembro Elvis fez a sua última turnê em Las Vegas, por 10 dias.
Em 31 de Dezembro de 1976, Elvis voltou a se apresentar no último dia do ano, desta vez na cidade de Pittsburgh na Pensilvânia. Este show de Ano-Novo é reconhecido pela crítica e público como um dos seus últimos grandes espetáculos de qualidade e para os fãs um show definitivamente antológico. Elvis parecia estar inspirado e inclusive perdera peso, talvez em função do novo romance que estava vivendo com Ginger, dizem alguns.
Infelizmente, este viria a ser o último “Ano-novo” na vida de Elvis.
Ao longo dos seis primeiros meses de 1977, Elvis subiu aos palcos regularmente, de forma sofrível, e embora com a saúde deteriorada, continuava em turnê pelo país fazendo seus shows. Contudo, uma internação hospitalar foi inevitável no início de Abril.
Nos dias 19 e 21 de Junho, Elvis teve seus shows em Omaha e Rapid City filmados pela rede de televisão CBS, vislumbrando um mega-especial (“CBS In Concert”), a ser levado ao ar em cadeia nacional oportunamente. A proposta financeira da CBS foi muito boa e o Coronel não pensou duas vezes, aceitando fazer o Especial. Elvis ficou muito contrariado por ter que se expor em cadeia nacional já que se encontrava muito longe de uma forma física razoável. Por vezes, Elvis parecia inclusive perturbado e confuso em cena.
Em 26 de Junho, Elvis fez o seu último e derradeiro show na cidade de Indianápolis, no Market Square Arena.
Entre 27 de Junho e 16 de Agosto, Elvis ficou descansando e se preparando para a próxima turnê que começaria em 18 de Agosto. Durante este período, Elvis pôde passar férias com a filha Lisa, então com nove anos, em Graceland. Alguns dias antes de sua morte, Elvis alugou por uma noite inteira o parque de diversões Libertyland, em Memphis, para que sua filha chamasse seus amiguinhos e Elvis também pudesse levar seus convidados para andar em todas as atrações do parque o quanto quisesse.
Na noite de 15 de Agosto Elvis vai ao dentista por volta das 11 da noite, algo muito comum para ele. De madrugada ele volta a Graceland, joga um pouco de tênis e toca algumas canções ao piano, indo dormir por volta das quatro ou cinco horas da manhã do dia 16. Por volta das 10 horas Elvis teria levantado para ler no banheiro, segundo relatou Ginger Alden, que estava em sua companhia nesta noite.
O que aconteceu entre este horário até por volta das duas horas da tarde – horário em que Elvis foi encontrado por Ginger caído ao chão do banheiro - é um mistério. Ginger interfona para o andar de baixo da mansão e pede por socorro. Joe Esposito e Al Strada sobem correndo até a suíte. Mas ao virar o corpo de Elvis, Joe já sabia que era tarde demais. Elvis já estava morto. Vernon não acreditava que isso poderia ser verdade e insistiu para que Elvis fosse urgentemente removido para o Hospital. Seu médico particular, Dr. George Nichopoulos foi chamado às pressas e chegou à Graceland junto com a ambulância do Baptist Hospital que viera buscar Elvis. Embarcou na mesma ambulância na tentativa de fazer Elvis reviver através de vários procedimentos de ressuscitação entre Graceland e depois da chegada ao Hospital. Uma incrédula Lisa presencia toda aquela comoção sem entender muito bem o que estava de fato acontecendo com o seu pai – e em completo estado de choque, a primeira pessoa para quem ela telefona é Linda Thompson, que a esta altura residia em Los Angeles. Linda se emociona até os dias de hoje quando relembra este fatídico telefonema e sua tentativa de acalmar à distância, a filha de Elvis que chorava desesperada e repetia sem parar: “meu pai morreu, Linda, meu pai morreu!”.
À s 15:30hs do dia 16 de Agosto de 1977, Elvis Aron Presley foi declarado morto. Segundo laudos médicos, sua morte ocorreu provavelmente no final da manhã do dia 16, ali mesmo no banheiro de sua suíte em Graceland, na cidade de Memphis, no Tennessee, causada por colapso fulminante associado à disfunção cardíaca. Sua morte tão precoce surpreendeu o mundo, provocando comoção como poucas vezes fora vista em nossa cultura - inclusive no Brasil. Os fãs se aglomeravam aos milhares em frente à mansão. As linhas telefônicas de Memphis estavam tão congestionadas que a companhia telefônica pediu aos residentes para não usarem o telefone a não ser em caso de emergência. As floriculturas venderam todas as flores em estoque. Mais flores foram enviadas então, de outros estados americanos, para dar conta das infindáveis encomendas de arranjos florais.
Um devastado e apático Vernon pediu ao amigo J.D.Sumner que preparasse todos os detalhes do velório e enterro de seu filho, pois sabia que, pela proximidade que unia Elvis à J.D., certamente ele saberia o que agradaria ou não ao seu filho.
As companhias aéreas não tinham mais passagens disponíveis para Memphis. Os vôos saíam lotados de todas as partes dos Estados Unidos, por fãs que queriam prestar sua última homenagem a Elvis. Amigos e pessoas próximas a Elvis ligavam para Graceland e eram solicitados a evitarem comparecer no velório porque a situação era limítrofe.
O velório começou de forma privada na madrugada do dia 17, perdurando por todo o dia. A comoção do lado de fora de Graceland era enorme. Devido ao intenso calor do verão em Memphis e as circunstâncias em si, muitas pessoas passavam mal, desmaiavam e tinham que ser atendidas ali mesmo nos gramados da mansão. Vernon decidiu permitir que o velório fosse aberto aos fãs por um período de 4 horas aproximadamente, de forma que centenas dentre os milhares de fãs que ali estavam, organizaram-se em fila e puderam ver o seu eterno ídolo pela última vez.
Por volta das três da tarde do dia 18 de Agosto, a cerimônia para familiares e amigos mais próximos foi realizada, com canções gospel sendo cantadas pelos "Stamps Quartet" e por Kathy Westmoreland - ambos parte do grupo musical de Elvis na década de 70. Após a cerimônia todos foram levados até o cemitério em uma lenta procissão entre Graceland e o cemitério Forest Hill aonde o corpo de Elvis seria sepultado. Este cemitério fica na mesma Avenida de Graceland - Elvis Presley Boulevard – e é aonde já se encontrava sepultada sua mãe Gladys, desde 1958.
Algumas semanas após o sepultamento, houve uma tentativa por parte de três marginais de arrombarem o túmulo de Elvis para seqüestrar seu corpo e pedir resgate pelo mesmo. Felizmente tal fato foi evitado e os criminosos presos em tempo. Em função deste episódio, Vernon entrou com um pedido junto à Prefeitura de Memphis para que o corpo de seu filho pudesse ser removido do Cemitério para ser sepultado no “Meditation Garden”, espaço criado por Elvis nos anos 60 na propriedade de Graceland. Após muita polêmica, foi concedida em caráter excepcional tal permissão e em 02 de outubro de 1977 o corpo de Elvis retornaria a sua eterna morada: Graceland. O corpo de sua mãe Gladys também foi transferido de Forest Hill para o Meditation Garden e atualmente neste mesmo espaço, descansam Vernon, falecido em 1979, e a avó de Elvis, Minnie Mãe, que faleceu em 1980. Uma placa simbólica também foi colocada em memória de Jesse Garon, o irmão gêmeo natimorto de Elvis.
Mas para os fãs e apreciadores do artista que virou um ícone, a morte física de Elvis pouco importa. E para seus admiradores, enquanto houver desejo e emoção, Elvis Presley viverá.
Para se ter uma idéia, até Agosto de 1977, Elvis vendera 600 milhões de discos, entre 150 álbuns e “singles” lançados no decorrer de sua carreira. Atualmente sabe-se que este número supera a marca de um bilhão de exemplares - superior a qualquer outro artista, recorde absoluto, coroado com centenas de discos de ouro, platina e, mais recentemente, multi-platina.
Entre seus muitos prêmios, estão 14 indicações ao Grammy, com três premiações justíssimas principalmente se considerarmos os prêmios anteriormente não outorgados, possivelmente, por preconceito ao artista polêmico e revolucionário que Elvis foi. E segundo alguns, porque Elvis Presley foi um artista popular, um sujeito - desde sempre - à frente do seu tempo, inserido em uma engrenagem “sócio-histórico-cultural” bastante complexa.
• 1967 - Melhor Performance de Música Sacra - How Great Thou Art
• 1972 - Melhor Interpretação Inspirativa - He Touched Me
• 1974 - Melhor Interpretação Inspirativa - How Great Thou Art - do álbum "Elvis as Recorded Live on Stage in Memphis"
Elvis fora durante toda a sua vida um ser místico ao extremo e a verdade é que as crenças do cantor eram tão reais para si mesmo, que curiosamente, os três Grammy’s arrebatados em sua carreira foram no gênero da música sacra, onde reconhecidamente ele passava todo o verdadeiro sentimento do homem, somado à técnica do artista.
E mais onze indicações:
• 1959 - Gravação do Ano - A Fool Such As I
• 1959 - Melhor Performance - A Big Hunk O’Love
• 1959 - Melhor Performance Rhythm & Blues - A Big Hunk O’Love
• 1960 - Gravação do Ano - Are You Lonesome Tonight?
• 1960 - Melhor Performance Vocal - Are You Lonesome Tonight?
• 1960 - Melhor Performance de um Artista Pop Solo - Are You Lonesome Tonight?
• 1960 - Melhor Álbum Masculino - G.I. Blues
• 1960 - Melhor Álbum de Trilha Sonora - G.I. Blues
• 1961 - Melhor Álbum de Trilha Sonora - Blue Hawaii
• 1968 - Melhor Performance Sacra - You'll Never Walk Alone
• 1978 - Melhor Performance Vocal Country - Softly As I Leave You
Depois de sua morte
Depois de seu falecimento, Elvis conseguiu a proeza de se tornar ainda maior do que em vida. Mais fãs se renderam ao seu talento e ao seu legado, unindo três gerações distintas em torno de sua obra.
Mais que um ídolo, Elvis agora seria um mito eterno, redentor e fonte inesgotável de idealizações.
Em testamento, Elvis aponta seu pai Vernon – que gerenciou por toda a carreira de Elvis seus assuntos pessoais e de cunho financeiro – como executor do testamento. Os beneficiários ali arrolados seriam: a avó Minnie Mae; o pai Vernon; e sua única filha Lisa Marie. O testamento também garantia à Vernon poderes para, conforme seu discernimento, prover recursos para outros membros da família conforme achasse necessário. Vernon faleceu em Junho de 1979 aos 62 anos, muito debilitado e desgostoso com a vida. Minnie Mae, sua mãe, veio a falecer em 1980. Isto fez com que Lisa passasse a ser a única herdeira do espólio de Elvis. Contudo, ela tinha apenas 12 anos nesta época; além disso, Elvis dizia em testamento que Lisa só poderia tomar posse de sua herança, aos 25 anos. Vernon em seu testamento também deixara designado que, no caso de seu falecimento, uma comissão deveria ser formada para gerir o espólio de Elvis até que Lisa pudesse tomar posse. Vernon designou: o National Bank of Commerce (que era o Banco de relacionamento de Elvis e Vernon por muitos anos); Joseph Banks (Contador de Elvis e Vernon há muitos anos também); e Priscilla Presley, que embora sequer esteja mencionada no testamento de Elvis, mantivera com Elvis um relacionamento muito próximo até a sua morte, além de ser a guardiã legal da única herdeira de Elvis: a filha de ambos, Lisa Marie.
Em 1979 foi realizado o primeiro filme biográfico, para a TV, chamado "Elvis"; no Brasil, intitulado "Elvis Não Morreu", interpretado por Kurt Russell.
Em 1981, foi lançado um documentário, avaliado como excelente pela crítica especializada, denominado “This is Elvis”; no Brasil conhecido como "Elvis o Ídolo Imortal".
Em Junho de 1982, Priscilla Presley abriu Graceland ao público após algumas pequenas reformas na propriedade, ainda que em caráter bastante amador. Na época, a tia de Elvis, Delta (irmã de Vernon) ainda vivia lá.
Cercada por bons conselheiros e profissionais competentes, Priscilla evitou que Graceland pudesse ser hipotecada para quitar empréstimos bancários feitos há anos atrás ou retomada pela Prefeitura de Memphis para quitar débitos existentes. Não havia mais recursos (cerca de US$500 mil/ano) para garantir a manutenção e o imposto de propriedade da mansão. A única saída foi abrir Graceland ao público - com exceção do andar superior (onde ficam os aposentos de Elvis e aonde ele veio a falecer) – que até os dias de hoje continua vetado, tendo acesso restrito à Lisa, Priscilla e três gestores da Elvis Presley Enterprises. Este passo foi fundamental para que os fãs se sentissem mais próximos a Elvis mesmo após a sua morte. Por outro lado, o sucesso é estupendo desde o início. O investimento realizado para viabilizar a abertura da mansão ao público foi recuperado em apenas seis meses de operação.
Atualmente – e já há muitos anos - Graceland recebe em média cerca de 600.000 visitantes pagantes anualmente sendo a segunda residência mais visitada nos EUA, perdendo apenas para a Casa Branca.
No ano de 1984, Elvis Presley foi homenageado pelo “Blues Foundation” de Memphis e pela “The Academy of Country Music”.
Em 1985, foi lançado por Priscilla Presley o livro “Elvis & Eu”, sendo considerado pela crítica da época como ótimo – e que seria transformado em 1988, em filme para a TV, também muito bem sucedido. Até os dias de hoje, este filme é muito procurado pelos fãs.
Prosseguindo com as homenagens póstumas, em 1986, Elvis entrou para o “Rock’n Roll Hall of Fame” na categoria de sócio - fundador.
Em 1987, a “American Music Awards” lhe concedeu – "in memoriam" - prêmio pelo conjunto da obra.
Em 1992 o serviço postal americano anunciou que seria confeccionado um selo comemorativo a Elvis Presley e então foi lançado com todas as honrarias em 08 de janeiro de 1993. Até hoje o mesmo consta como o selo comemorativo mais vendido de todos os tempos nos EUA (foram impressos 500 milhões deste selo comemorativo).
Em 1997, com toda a justiça, Elvis foi agraciado com o título de sócio - fundador do “Rockabilly Hall of Fame”.
Em 1998, nova homenagem: Elvis ingressa no “Country Music Hall of Fame” e em 2001, seria a vez do “Gospel Music Hall of Fame”.
Ao longo de todos estes anos, com uma competente Priscilla à frente da equipe da Elvis Presley Enterprises, o legado de Elvis manteve-se vivo e crescente. Pelo testamento deixado por Elvis, sua única herdeira só deveria tomar a frente dos negócios aos 25 anos (1993). Mas os resultados com a gestão bem sucedida de Priscilla fizeram com que Lisa pedisse à mãe que continuasse por mais cinco anos. Quando completou 30 anos, (1998) finalmente Lisa Marie tornou-se Chairman da EPE.
O ano de 2002, marco do 25º aniversário da morte de Elvis, foi também um ano em que uma nova "Elvismania" tomou conta do mundo. Elvis Presley foi "redescoberto", graças a uma manobra genial da Elvis Presley Enterprises, de biógrafos-colecionadores e de um DJ holandês. O remix da música "A Little Less Conversation" e o CD “Elvis: 30 #1 Hits” obtiveram estrondoso sucesso em todo o mundo, apresentando o artista às novas gerações. Surgiu uma forte corrente de novos fãs que sequer haviam nascido em 1977, quando Elvis faleceu.
Em 2003, novo êxito, com grande destaque mundial para o remix de "Rubberneckin", seguido pelo CD “2nd to None”.
Entusiasmada com a vendagem, a Sony/BMG disponibilizou, em 2004, dois pacotes de DVD’s de dois dos seus maiores momentos televisivos: os estojos “De Luxe” dos especiais "Elvis NBC TV Special" (com 3 DVD’s) e "Aloha from Hawaii" (com 2 DVD’s) atingindo novos recordes de vendagem.
Ainda em 2004, Elvis Presley foi elevado à categoria de sócio - fundador do “British Music Hall of Fame”.
No ano de 2005, o 70º ano de seu nascimento foi celebrado. Em uma histórica votação realizada pelo site AOL, maior grupo de comunicação do mundo, Elvis Presley foi eleito o 8º maior norte-americano de todos os tempos, em todas as áreas; o 5º maior do século XX e o 1º maior dentre todos os artistas.
Em Fevereiro de 2005, Robert F.X.Sillerman, através de sua empresa de entretenimento CKX Inc. adquiriu 85% da Elvis Presley Enterprises, o que incluía no acordo, a propriedade física e intelectual da EPE. Lisa Marie mantém 15% da EPE em sua propriedade e continua bastante envolvida na companhia, assim como a mãe Priscilla. Lisa, contudo, manteve 100% de Graceland e demais terrenos vizinhos incorporados à propriedade (que não entraram no acordo), bem como todos os itens pessoais de seu pai, ou seja, roupas, jóias, prêmios, carros, aviões, móveis, etc. Lisa fez um trato de “concessão” junto à CKX disponibilizando Graceland e os itens que foram de uso de seu pai para que a operação de “tours” à Graceland e demais museus anexos continuem existindo normalmente.
No ano de 2006, Graceland foi designada como "National Historic Landmark” (lugar histórico americano) pelo ministro do interior dos EUA.
Até os dias de hoje, praticamente trinta anos após sua morte, Elvis vive; e acresce dezenas de milhões de dólares anualmente ao seu espólio.
CRÉDITO: FAN CLUBE BRASIL.
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